O consumo de energia no Brasil é um dos maiores do mundo. Dados da AIE (Agência Internacional de Energia) de 2012 mostram o País em décimo lugar no ranking global, com aumento de quase 38%, acima da média mundial, que foi de apenas 30%, na última década. O número é alto, mas hoje essa demanda é sustentada principalmente por energia proveniente de matrizes renováveis, como a energa solar, e a tendência é que, em breve, recursos fósseis deixem de ser usados para gerar energia no país.
Hidrelétricas ainda dominam o setor de energia
De acordo com informações do Ministério de Minas e Energia, divulgadas no início de 2020, as fontes de energia limpas respondem por 83% da produção nacional. A participação é liderada, atualmente, pela geração hidrelétrica (63,8%), seguida de eólica (9,3%), biomassa e biogás (8,9%) e solar centralizada (1,4%).
Mas esse cenário está se modificando, porque o baixo custo na implantação de estações geradoras e os menores impactos ambientais na produção energética vêm sustentando o crescimento da energia eólica e solar mundialmente, inclusive no Brasil.
Nesse sentido, a ampliação dos parques de energia eólica e solar vem se mostrando o caminho mais promissor para suprir o abastecimento interno. No Brasil, a energia eólica chegou a 15 mil MW de potência instalada em abril de 2020, e a geração distribuída fotovoltaica alcançou os 3 GW no mês de junho. Segundo a Absolar, este último dado indica, ainda, que a geração distribuída de energia solar cresceu a uma taxa média de 230% ao ano no país desde 2013.
O Grupo Enel vem contribuindo com esse crescimento no Brasil e anunciou, recentemente, que irá investir R$ 5,6 bilhões na construção dos cinco parques para geração de energia limpa, quatro eólicos e um solar, que somam 1,3 GW de nova capacidade ao sistema elétrico.
Energia “verde” favorecida pela geolocalização
O clima tropical e as proporções continentais aumentam exponencialmente o potencial de crescimento das tecnologias “verdes” de geração de energia, o que deve alçar o Brasil a uma posição de destaque em sustentabilidade energética, ajudando o País a cumprir os compromissos firmados na COP 21, de Paris.
Segundo a Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, em outubro de 2020 foram liberados incrementos de 318,34 megawatts (MW) de base instalada para operação comercial, sendo 147,28 MW (46%) em geração de fonte eólica, 95,68 MW (30%) em usinas solares fotovoltaicas e os outros 75,38 MW (24%) a partir das fontes térmicas (usinas termelétricas) e hídricas (pequenas centrais hidrelétricas).
Das fontes em ascensão, a solar fotovoltaica vêm ganhando mais espaço frente alternativas, devido aos menores custos de implantação. Estruturas de painéis solares podem ser instaladas sem grandes obras e baixo impacto ambiental, reduzindo a zero a emissão de CO2.